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Óbidos vive a esperança na cultura da Juta
28/03/2010 - 17:50:32

João Canto

A cultura da juta, por quase meio século, foi importante para a economia da região amazônica, em função de sua capacidade de fixação da população no campo e da utilização de forma produtiva das áreas de várzea na extensão do Rio Amazonas e seus afluentes. Proporcionou também a entrada de dinheiro para as famílias ribeirinhas e garantiu a sua sobrevivência no meio rural.

Em Óbidos, o auge do cultivo da juta  e comercialização aconteceu nas décadas de 40 a 70, onde várias empresas surgiram e a sua comercialização fez com que o porto de Óbidos fosse um dos mais movimentados da região nesse período, assim como a sua economia, entretanto a produção e comercialização entraram em decadência nas décadas seguintes devido a sua substituição por fibras sintéticas (polietileno).

Atualmente com as questões ecológicas, as fibras naturais ganharam novos mercados, e como conseqüência, seus produtores ganharão melhores perspectiva de qualidade de vida e uma integração melhor com o mercado.

Nesse contexto, a Companhia Têxtil de Castanhal – CTC em parceria com os municípios  de Óbidos, Oriximiná, Juruti, Santarém e Alenquer está desenvolvendo o projeto “Unidades Demonstrativas de Utilização de Várzea do Baixo Amazonas”, escrito por pesquisadores da IFIBRAN – Instituto  de Fomento a Produção de Fibras Vegetais da Amazônia, cujo objetivo é implantar Unidades de Produção para utilização das várzeas do baixo e do médio amazonas, com tecnologias geradas pelas pesquisas e adaptadas as condições do pequeno produtor ribeirinho, na produção de alimentos (grão olerícolas) e de fibras oleaginosas, principalmente a Juta.

No município de Óbidos, segundo a SEMAB, o projeto foi implantado na zona de várzea nas comunidades do Matá e região do Paraná de Baixo, nas quais onze produtores da região quilombola voltaram a desenvolver a Cultura da Juta. Nessa região, foram plantados mais de 10 hectares de Juta e a produção esperada para o final do mês de março é de 18 a 20 toneladas de fibras.

A CTC financiou os recursos para limpeza das áreas, sementes e garante a compra de toda a produção, em contrapartida o grupo de produtores realiza toda mão de obra desde a limpeza, plantio e colheita.

“A parceria entre a CTC e governo municipal trouxe novas perspectivas a estas famílias e os produtores estão entusiasmados  com o trabalho que está sendo realizado, despertando o interesse em outras comunidades”, afirmou Jander Canto, Secretário da SEMAB.

A esperança da cultura da juta ressurge como uma  saída econômica para os produtores da região, associadas a novas tecnologias de cultivo e de corte, onde equipamentos para colheita mecanizada poderão ser utilizados, como é o caso da máquina de descortificar fibras verdes, que separa a fibra do caule, assim a decortificação passou a ser feita antes da maceração, conforme descreve o projeto. Nessa perespectiva, a cultura da juta vislumbra como rentável, competitiva em quantidade, qualidade e preço, geradora de empregos e renda, não só para o produtor, mas para o município e para todo Estado.

A Juta

A juta é uma herbácea (Corchorus capsularis) da família das tiliáceas, utilizada para obtenção de fibras têxteis. Começou a ser cultivada por volta de1930, com a chegada de uma Missão Japonesa na Amazônia, mais especificamente em Parintins, chefiada por Tsukasa Oyetsuka, na Vila Amazônia. A juta alcança a altura de 3 a 4m, cujo talo possui aproximadamente 20 milímetros, crescendo em climas úmidos e tropicais. As plantas florescem entre quatro a cinco meses depois de semeadas e inicia-se a colheita antes ou depois da floração. A fibra útil está entre a casca e o talo interno, com extração feita pelo processo de maceração.

Na cultura tradicional, as hastes e caule da Juta devem ser cortados rente ao solo com foices ou terçados, sendo depois limpos das folhas e postos em feixes dentro da água. A temperatura quente e úmida da região amazônica favorece sua fermentação e facilita a maceração em dez dias, permitindo assim que a casca se solta das hastes sem que se rompam as fibras da parte lenhosa do talo. Depois são submetidas à nova imersão para lavagem e postas num varal para enxaguar-se, empacotando-se a fibra em seguida. As melhores qualidades de juta distinguem-se pela robustez das fibras e pela cor branca e brilhante do talo; as qualidades inferiores têm a cor dos talos mais  escuros, menor comprimento das fibras, coloração mais acinzentada e menos resistentes.

A Juta é matéria prima ideal para a sacaria, embalagem para alimentos, fio de juta, fios compostos, tecidos, aniagem, embalagem para presentes, tecidos para forrar malas, forros de calçados, vestuários, e inúmeros produtos, sendo de grande aceitação no mercado brasileiro e no exterior.

Fotos fornecidas pela SEMAB e CTC

Fonte: SEMAB e CTC

FOTOS
Juta
Jutal na época do corte
Plantação de juta em Óbidos
Produtores e Jander Canto na plantação de juta
Reunião do Secretário com os produtores de juta
Jutal e seu produtor
Juta prensada e mazenada - CTC
Embarcação fazendo coleta de Juta
Maquinário da Indústria CTC
Sacaria sendo prduzida pela CTC
Cmpanhia Textil de Castanhal
CTC em Castanhal
Produção de sacaria
Funcionários da CTC no tratamento da juta
Lavagem da Juta
Comentários:
Data/Hora: 01/04/2010 - 11:55:34
Nome: Rafael Brito
E-mail: rafaeldebrito01@gmail.com
Cidade: FORTALEZA/CE
Comentário:  
Sentinela que guarda riqueza deste vale imenso sem par(...) Em mais uma área minha querida Óbidos se destaca visando o desenvolvimento. Nessa em especial, é fascinante, pois carrega tradição e cultura aliadas a novas tecnologias e investimentos mais objetivos. Há muito trabalho a fazer, então vamos jutar o pessoal e transformar a esperança de cultivo numa atividade sólida e duraudoura! Os teus filhos são bem brasileiros, são valentes e sabem lutar(...) .Parabéns e sucesso!

Data/Hora: 30/03/2010 - 16:18:44
Nome: João Imbelloni
E-mail: joao_imbelloni@hotmail.com
Cidade: BELéM (PA)
Comentário:  
Parabéns, João Canto,pelo excelente trabalho.

Data/Hora: 29/03/2010 - 19:28:59
Nome: Vander Andrade
E-mail: cantoandrade@hotmail.com
Cidade: MACAPá
Comentário:  
Maravilhosa esta materia, quando criança costumava, ver grandes depositos de juta lotados,pelo centro da cidade dos Srs.Fortunato Chocron,Isaac Hamaoy, Marcos Belicha,diariamente colocavam a juta pra seca na frente da cidade, e era uma diversão o embarque dos pesados fardos da juta pros porãoes dos Navios extrangeiros quem sabe um dia possamos reviver os bons tempos das decacas de 40 a 80.

Data/Hora: 29/03/2010 - 08:30:01
Nome: Dino Priante
E-mail: dinopriante@ibest.com.br
Cidade: BELéM
Comentário:  
Óbidos, nas decádas de 50 e 60 essa fibra dinamizou a economia local, onde tinhámos quatro prensas de juta: Usina Caiba, Pérola, Paraense e Aniagem, os loides da Netumar, Frota Amazônia,Loide Brasileiro, Botth Line, ficavam aguardando ancorados em pleno Amazonas, esperando sua vez, para abastecer os porões e seguiam para os grandes centros do Brasil e do Mundo. Com isso meu tio Títilo sorria com as comissões dos embarques.Seria ótimo se a cultura dessa fibra retornasse a nossa região, já com novos tecnologias de plantio.

Data/Hora: 29/03/2010 - 06:51:42
Nome: Fernando Sousa.
E-mail: f.sousa1000@uol.com.br
Cidade: BELéM-PA.
Comentário:  
Meu caro João Canto, Excelente a cobertura para a juticultura que fizeste, juntando história e dados importantíssimos. Vivi e convivi com o período áureo da malvácea da região e fico feliz que se encontre novamente sua melhor utilidade, o que segnifica revigoração de nossa economia, sobretudo para o produdutor.

Data/Hora: 28/03/2010 - 23:40:26
Nome: José Maria Azevedo
E-mail: j.maria2007@hotmail.com
Cidade: FORTALEZA - CE.
Comentário:  
Que maravilha é recordar momentos que tive a oportunidade de viver nos roçados chamados de jutal juntamente com meus pais e avós na Ilha de Santa Rita. Essa volta ao cultivo é um sinal importante para os produtores, indústrias e comércio. Ai está a prova das necessidades dessa preciosa fibra que tem um valor relativo, porém de inúmeras utilidades. Parabéns aos mentores desse belo projeto, pois é um grane incentivo para as nossas economias.

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